#43 – AUSENTEI-ME DE MIM, E DEPOIS?
Tem dias assim; dias em que fervemos em pouca água; dias em que nos salta a tampa por tudo e mais alguma coisa; e por nada.
São dias em que tudo nos irrita; falta a paciência; fuck all this shit, that’s it!
Hoje EU, não fui EU! E depois?
Decidi ausentar-me de mim e ir procurar-me; uma espécie de “vou-ali-e-já-venho-ver-se-me-encontro”. Se derem pela minha ausência estalem os dedos, ou então gesticulem-me um “hello(!)” para me fazer regressar; ou ainda, deixem-me por lá ficar… pelo menos mais um pouco; deixem.
Há dias assim, meu amor; dias em que tampouco imaginas a falta que me fazes; dias em que precisava do teu ombro, do teu colo, dos teus sentidos em mim…. Precisava de TI aqui, agora! ÉS o meu sedativo de eleição para acalmar os (des)ânimos e os nervos. ÉS…
Estarei a perder qualidades, querido? Quiçá? Já não tenho a paciência que tinha outrora para aturar mesquinhices, calhandrices, idiotices, e muitos outros “ices”, que agora me tiram do sério; irritam-me e pronto!
Não sou actriz nem tenho a pretensão de o vir a ser, por isso, just in case desses tais “ices”, não esperem de mim sorrisinhos falsos ou pancadinhas nas costas acompanhadas de um “está-se bem! Be cool“!
Agora, não é fácil coração. Aliás, passou a ser intragável tolerar a estupidez e a aselhice alheias.
Por isso, quando TU não estás tenho estas ausências; os meus pensamentos inquietam-me e não se calam.
Vem! Preciso que os silencies. Mas vem!…
Lady Gaga – Poker Face
© Paula Pedro