Pensamentos… Fragmentos de Vida!… #70 – LIDANDO COM O INIMIGO!


Imagem extraída da Internet – Fardamento protector

 

#70 – LIDANDO COM O INIMIGO!

Mas alguém ousa duvidar que somos profissão de risco? É que nem se atreva!!!
Podia ignorar o Outro que precisa mim, no aqui e agora, mais do que nunca. Podia até, enterrar a cabeça na areia e enclausurar-me em casa… a atitude seguramente mais confortável e segura para quem a pode ter. Mas não!…Nesta temível guerra, em que impera a dúvida, a insegurança, o medo, e quiçá para alguns, até o pânico, o meu dever é estar nas trincheiras, na linha da frente de combate, dando o melhor de mim… E esperar confiante, que o inimigo vil não se aproprie do meu corpo, nem da minha alma.
Quanto aos meus, que se encontram em privação de mim, apenas apelo à vossa compreensão, e paciência. Vamos comunicando por outras vias.
Até lá, fiquem em casa; cumpram à risca as directivas da DGS. Porque a besta há-de ceder. Há-de!

 

©Paula Pedro

 

 

All rights reserved for You Tube Lola V. F.

 

Poeta-ME! Poetas?… #24 – ADEUS MEU AMOR. ATÉ SEMPRE!


 

© PP

 

#24 – ADEUS MEU AMOR. ATÉ SEMPRE!

 

Nunca vemos o amor chegar;

Venha ele apressadamente, ou, de mansinho.

Só o vemos a ir-se embora;

A partir, drástica ou sorrateiramente.

Visão triste, essa,

Do amor que resolve partir.

Há amores que secam como desertos,

Por falta de amor.

E há outros que acabam tragicamente,

Em agressões, insultos,

Em lágrimas de sangue e em gritos,

Em desarmonia, em caos e em loucura.

Que terrível desolação!…

Lamentáveis os amores que se desvanecem,

Alheios à vontade própria.

Como se possível fosse, controlar a vontade…

Sonhei que te tinha perdido. Sonhei!…

No sonho, procurei-te em todos os recantos do meu coração.

Mas já não te encontrei.

Tinhas partido sem aviso prévio,

Sem um “adeus!”, um “até sempre!”

Quando acordei, estava fria e só.

Chorei baixinho no vazio das horas.

 Afinal era mesmo verdade…

Estavas de saída do meu coração,

E da minha vida!

Que pena meu querido!

Tínhamos [quase] tudo para dar certo. Tínhamos…

Adeus meu amor,

Até sempre!

 

© Paula Pedro

 

 

Tiago Nacarato – “Onde Anda Você” | Prova Cega | The Voice Portugal

 

 

 

 

Conta-ME Histórias, Que EU Gosto!… Contas? #32 – E QUANDO A PAIXÃO SE DESVANECE?


Photo from Tumblr

 

#32 – E QUANDO A PAIXÃO SE DESVANECE?

 

“Ando de um lado para o outro dentro de mim”! – Assim o escreveu Clarice Lispector. E é exactamente assim como me sinto ultimamente: numa luta constante, para manter por perto aquilo que me faz bem e feliz.

Sou uma mulher apaixonada. Apaixonada pela vida, pela minha família, pelos meus melhores amigos, pelo meu trabalho, por música, por livros, por algumas figuras públicas cujas características valorizo, por lugares que pacientemente me esperam… pelos meus colos, presentes ou ausentes.

Todas estas paixões vivem comigo todos os dias, e vão ficando; não sucumbem ao tempo, nem a nenhuma mudança, porque já faziam parte de mim. Correm-me no sangue.

Bem mais complicado, é apaixonar-me por alguém, e, manter acesa a chama da paixão. Se bem que, pode acontecer.

Aliás, a paixão apanha-nos a todos na curva; às vezes, subtilmente; outras, de forma avassaladora. De qualquer forma, quando acontece, estou em crer que todos nós cultivamos ao máximo esse sentir que nos faz ficar mais parvos, mais ridículos, mais desfasados da realidade; mas também mais bravios, mais corajosos, mais altos, mais felizes… ainda que, o preço seja muitas vezes, perder a cabeça, a razão, e, não raramente, partir o coração.

E é assim que me sinto: com o coração partido, ao ver-te partir aos poucos, de dentro de mim.

Uma parte de mim suplica que fiques, que te demores em mim; mas a outra anseia que te vás, pelas nossas diferenças, afinal, irreconciliáveis, em realidades cada vez mais intangíveis.

Que pena, meu amor. O nosso tempo urge. Como se de uma sentença de morte se tratasse.

Por isso, ando às voltas dentro de mim!… E tu, tampouco desconfias. Quiçá o suspeites, mas não ouses sequer questionar, com receio de precipitares o nosso adeus?

Caminho nesta incerteza, com a certeza – cada vez mais consistente -, de que seremos mais felizes se seguirmos por trilhos diferentes. Cada um no seu; e, na bagagem, doces lembranças despidas de qualquer ponta de rancor.

O tempo o dirá certamente. I’m sure about that!…

 

© Paula Pedro

 

Sam Smith – Too Good At Goodbyes (Official Video)

 

 

 

 

Pensamentos… Fragmentos de Vida! #70 – SOMOS A COMPATIBILIDADE PERFEITA!…


Photo from the Internet

 

#70 – SOMOS A COMPATIBILIDADE PERFEITA!…

 

Há dias em que nem eu própria me [re]conheço.

São dias em que supero os meus limites. Mesmo sem eu dar conta.

Dias em que o meu diabo se solta e precisa desesperadamente da protecção do teu anjo para o apaziguar, ou, para o desencaminhar.

Assim como há dias em que o meu anjo acalma o teu diabo.

Gosto quando os nossos anjos e os nossos diabos se entrecruzam para acalmar os (des)ânimos e as vontades tentadoras.

God! Somos a compatibilidade perfeita, ainda que, com todas as nossas imperfeições, guerras e birras.

E é só isto; e nada mais do que isto, o que tenho para dizer:

Um AMO-TE gritado ao mundo ou sussurrado ao ouvido.

Escrito num papel, numa mensagem ou numa qualquer rede social.

Num olhar demorado ou num sorriso rasgado, descarado; ou então, escondido da multidão.

Anjo ou diabo, és todo o meu querer.

Amo-te!…

E é só isto o que interessa.

E basta!

 

© Paula Pedro

 

 

Conta-me histórias, Que EU Gosto!… Contas? #31 – SEM ESSA DE MEIAS VERDADES!…


Photo from the Internet

 

#31 – SEM ESSA DE MEIAS VERDADES!…

 

Dou comigo a pensar se devemos dizer sempre a verdade numa relação amorosa, ou se será preferível calar o que supostamente não se deve dizer, para não fazer mossa; calar o que sentimos e que nos faz pruridos, por pudor, por educação, ou medo de ferir susceptibilidades, ou, inclusive, medo de perder quem amamos. (?)

I’m confused. So what?

Sabes aquelas cenas em que ele, inconsciente e subtilmente, começa a fazer descrições e comparações com a(s) ex? Uma pessoa fica sem paciência para o ouvir, certo? Fica desconfortável; começa a irritar-se, a sentir uma pontinha de ciúme; despoleta a insegurança, enfim… a relação, que devia ser a dois, passa a correr o risco de ir ao fundo, por excesso de passageiros.

Caramba! Se te incomoda que ele fale das que constam no livro da vida dele, e que já passaram à história, diz-lhe isso mesmo, e, pronto!

É muito mais fácil usar a verdade no presente e no futuro. Esquece lá o tempo passado ou o modo condicional! E, então, o uso deste último é realmente uma tragédia para qualquer relação afectiva. É quando ele usa e abusa dos “ses”, do tipo:

“- Ah! Se fosses um pouco mais magra!… Ou: “- Se estivesses mais perto daqui!… Ou ainda: “- Se fizesses assim, ou, assado, eu faria cozido!…”

Fica-se com ganas de responder ao personagem uma daquelas respostas xeque-mate, do género:

“- Ai sim? Hasta la vista! Ah!… E não ouses voltar. Ok?”

A verdade é que o modo condicional é [quase] sempre – ou não! -, uma requintada forma de desculpa esfarrapada, para se justificar algo que não se quer, ou não se deseja de todo que aconteça.

Dito mais simples, se ele te confrontar concomitantemente com conversas onde predominam os “ses” e os “talvez”, minha cara(!), mete uma coisa na tua cabecinha:

ELE NÃO TE AMA! Tu não és a prioridade dele. Em suma, não és A TAL. Percebeste?

Depois de inculcares isto, só te restam duas hipóteses: ou permites-te viver infeliz numa relação que está a morrer aos poucos, e, por isso mesmo, a dar cabo de ti; ou, ousas matá-la de vez – a relação! -, friamente, sem quaisquer escrúpulos, sem olhar para trás,… permitindo-te sorrir de novo à vida e ao amor, até então, desacreditado.

Pois é!… Há decisões difíceis de tomar. Por qual destas optarias?

It all depends on you. Think about it!

 

© Paula Pedro

 

 

 

 

Pensamentos… Fragmentos de Vida!… #69 – E EM TEMPO DE MUDANÇAS… CONTO COM O TEU COLO!


Photo from Tumblr

 

#69 – E EM TEMPO DE MUDANÇAS… CONTO COM O TEU COLO!

 

E em tempo de mudanças, de todo repentinas e inesperadas, sinto-me a levitar, na esperança de vir a pousar em terreno fértil.

Já que tem que ser, tomara que sim! Tomara!…

Sinto-me uma exploradora destemida, em busca de um qualquer tesouro – mesmo sem significado material -, que pacientemente aguarda a minha chegada.

Poderá ser um erro, um disparate, andar por caminhos incertos. Mas eu não tenho o dom de acertar sempre.

E tu, meu amor, não tens o dom da verdade.

Por isso, não deves recriminar a[s] minha[s] escolha[s].

Não sou perfeita. Tampouco sou só certezas. Não sou só virtudes. Nem só defeitos.

Todos cometemos erros no meio de escolhas acertadas. E, às vezes, a indecisão pesa nas nossas convicções. Demora-se, e, faz-nos demorar a decidir.

Mas somos sempre nós. Aliás, nunca deixamos de ser nós quando decidimos o que quer que seja.

Vá lá! Permite a ti próprio confiares em mim; mesmo que eu bata com a cabeça, ou, bata no fundo.

Conto com o teu apoio. Adormecer na tranquilidade do teu colo, para quebrar a dureza da vida. Afagar-me na quietude do que me faz bem.

E tu fazes-me tão bem… tanto… sempre!…

Não me largues de mão porque posso perder-me… de mim, e, de ti.

So stay with me. Ok?

 

© Paula Pedro

 

 

 

Poeta-ME!… Poetas? #23 – NADA APOUCA AS SAUDADES… DE TI!


Photo from Tumblr

 

#23 – NADA APOUCA AS SAUDADES… DE TI!

 

Não poder ficar contigo, meu amor,

É uma tragédia;

Um pesadelo;

A minha maior dor que lateja em contínuo;

Desesperadamente…

Não chega o que aconteceu entre nós.

Não pode chegar!

O nosso amor era ávido de futuro;

De esperança;

De planos

E sonhos que só se podem sonhar a dois.

Nada apouca as saudades;

Do que ficou por dizer e fazer.

Os locais que haveríamos de contemplar;

As viagens que haveríamos de fazer;

O romantismo dos pequenos nadas partilhados a dois;

Os filhos que deveriam correr pela casa;

O sentido do Natal partilhado ao teu lado;

 O teu sorriso encantador resistente às intempéries,

À erosão do tempo.

O teu sorriso!…

Nada apouca as saudades

De um futuro que quase, quase, aconteceu.

Nada!…

 

 

© Paula Pedro

 

 

 

 

Pensamentos… Fragmentos de Vida! #68 – ONDE PÁRA O TEU CORAÇÃO?


Photo from the Internet

 

#68 – ONDE PÁRA O TEU CORAÇÃO?

 

Sinto que te estou a perder aos poucos; lenta e suavemente. Mas não há muito mais que eu possa fazer; já que os nossos corações deixaram de bater em uníssono.

Não me passa pela cabeça viver um “meio-amor”; pechinchar por um sentimento que não é mais autêntico. No way!

Por isso, decidi começar a arrumar a minha bagagem. Nela levo malas repletas de sonhos; alguns inacabados. Caixas com sorrisos e risos sinceros. Pacotes de tristezas e lágrimas choradas. Mochilas de tombos que dei, e, as nódoas negras que os recordam. Sacos com saudades. Caixotes com as vitórias conseguidas e com o suor, nelas despendido.

Nem penses que tenciono levar-te na minha bagagem. Ficas muito bem aí onde estás, na tua zona de conforto, à espera de saberes o que queres.

Desculpa-me se te magoam estas minhas palavras, mas a inquietude da minha alma perturba-me; pede-me mais, muito mais do que aquilo que me tens dado.

Acomodaste-te no vazio da indiferença, e, esqueceste que tinhas que continuar a dar de ti. Sabias?

E agora?

E agora, espero sinceramente que [te] encontres, onde diabo deixaste o teu coração (?).

Quando deres com ele, se ainda tiver inscrito o meu nome, sacode-lhe a poeira e vem mesmo assim! Segura-o com ambas as mãos e trá-lo com carinho.

Pode ser que consigas ter-me de volta. Pode ser; quiçá?… Mas nada posso prometer.

 

© Paula Pedro

 

Nota: Por expressa e legítima vontade da autora, este artigo não segue as regras do Acordo Ortográfico de 1990.

 

 

 

 

 

Poeta-ME!… Poetas? #22 – FOSTE[-TE]!…


Photo from Tumblr

#22 – FOSTE[-TE]!…

 

Foste embora.

Agora és de outro alguém,

E eu não sou de ninguém.

Talvez um dia… quem sabe?

Talvez consiga voltar a entregar o meu corpo.

Dormir com outro alguém que não tu.

Alguém que derreta este bloco de gelo

Instalado no meu peito.

Acho difícil, por ora…

As minhas lágrimas continuam a ser tuas.

Ainda dói tanto lembrar[-te]

Os pequenos nadas que vivemos a dois.

Ainda dói tanto!

Ainda…

© Paula Pedro

 

 

 

Conta-ME Histórias, Que EU Gosto!… Contas? #30 – AMOR PRIMEIRO… NÃO TE ESQUECEREI!


Photo from the Internet

 

#30 – AMOR PRIMEIRO… NÃO TE ESQUECEREI!

 

Não se reviam propositadamente há uma catrefada de luas. Também não era suposto reverem-se nesta fase de luto do namoro que mantiveram durante a adolescência e início da juventude de ambos. Afinal de contas, tinham sido o primeiro grande amor, um do outro. – God! What a difficult situation!…

Tinham combinado ficar amigos, e, só isso mesmo; pelo menos por ora. O tempo encarregar-se-ia do resto: tratar as maleitas; arrumar a cabeça, o coração; dissipar dúvidas; [re]conquistar novas escolhas, novas oportunidades… viver!

Eram tão jovens, inexperientes, sonhadores; tão cheios de vida e projectos futuros não possíveis de concretizar num horizonte próximo. Eram!…

E, amavam-se; cada um na sua, e, à sua maneira, mas amavam-se, apesar das borboletas na barriga se terem dissipado durante o ano transacto.

O que teria acontecido para dizimar um amor tão bonito?

Nem eles próprios sabiam. Sabiam apenas que não se contentavam com os “vai-se andando”, “quando mal, nunca pior”, ou com os “é a vida!”. Não aceitavam dias mornos num futuro trabalho chato, que nada lhes dizia, ou, noites gélidas numa companhia amena cujo colo é quente e confortável, mas que já não retém o coração… já não o derrete como outrora.

Ambos mantinham a mesma linha de pensamento, ou pelo menos, pareciam manter – para os amigos e os mais chegados, claro! – . E será que realmente conseguiam manter? As aparências iludem. Sabe Deus o que iria nos recônditos mais íntimos de cada um!…

Não se vai ali à curva esquecer o primeiro [grande] amor, e volta-se  curado com um sorriso de orelha a orelha.

O amor acontece; mas também desaparece, mesmo sem nenhum motivo especial. Por isso, mais do que esmiuçar os porquês do mistério do enamoramento ou do desapego – que é uma conversa equivalente a discutir-se o sexo dos anjos -,  é importante perceber muito bem se o outro nos ama da mesma forma, com a mesma intensidade, e, se está disposto a fazer por nós, o que nos dispomos a fazer por ele.

Porquê? Porque um amor a sério aguenta o que quer que seja: desentendimentos, afastamentos, bons e maus momentos, braços-de-ferro, disputas. E se for mesmo a sério, dura, dura e dura; tal como um bom lenço de seda: jamais perde o toque, o conforto, a suavidade, o charme, o sentido… desde que bem tratado evidentemente.

Seria o amor deles, um amor a sério? Poderia ter sido, até conhecerem o lado do avesso de cada um.

Não conhecemos o outro até ao momento em que o vemos e sentimos por inteiro, e depois, de repente, não mais que de repente, como diz Vinicius De Moraes no seu “Soneto De Separação”, tudo muda, como que, por magia. Ainda assim, continuamos a amar, para sobreviver. Porque sem ele – o amor -, nada faria sentido.

A partir daquele dia em que se reviram pela última vez, tudo mudaria para ambos; nada voltaria a ser o mesmo – nem eles próprios!

Uma espécie de tsunami fez despoletar emoções e sensações há muito recalcadas. Soou um “amo-te/odeio-te!” desesperado, um “dei-te o melhor de mim…não vás!”; um “sem ti não vivo, vegeto!” e um “mereces melhor do que eu… quero que sejas feliz!”; escoaram lágrimas de sangue para o rio. E o abismo espreitava de insolente – ria esfregando as mãos; almejava a perdição dos querubins.

Afinal, a ferida em fase cicatricial ainda doía… e muito! Ainda assim, nada ficou por dizer, porque naquela linda noite de lua cheia, a confrontação tinha vindo de mãos dadas com as certezas. Finalmente iriam acabar os mas, os ses e os talvez. Havia que seguir em frente, e, de cabeça levantada… para bem de ambos!

Poderiam continuar amigos? – questionaram-se. Claro que sim, mas por ora, em silêncio. Urgia cicatrizar a ferida primeiramente.

– Cuida de TI! – Foram as últimas palavras que trocaram.

E partiram, com o coração aos pedaços.  Cada um no seu trilho, mas agora bem mais leves, sem pesos na bagagem.

 

História ficcional

© Paula Pedro